Co-Habitar no Mundo Pós-Carbono e Pós-Pandemia. Proposta para um Quarteirão Sustentável na Antiga Refinaria do Cabo do Mundo

Autoria: Cátia Vanessa Cunha Baptista
Orientação: Nuno Alberto Leite Rodrigues Grande
Co-Orientador:
Universidade de Coimbra
Memória descritiva
Este trabalho levou a pensar a arquitetura da cidade e o modo de a habitar Pós-Carbono e Pós-Pandemia, tendo como base o local onde hoje se encontra a Refinaria de Matosinhos, em Leça da Palmeira.
A presente proposta foi desenvolvida em três fases:
– Estratégia de turma que compreende toda a área da Refinaria e envolvente;
– Adaptação da estratégia de turma à área de intervenção selecionada pelo nosso grupo;
– Desenvolvimento de dois programas (espaços públicos qualificados e habitação comunitária) num quarteirão da antiga Refinaria, reconvertendo dois depósitos de combustível cilíndricos ali existentes.
A Refinaria de Matosinhos em Leça da Palmeira, objeto do presente estudo, viverá um futuro próximo como “vazio”, sendo urgente, face ao seu enquadramento urbano-paisagístico, reconverter aquela área, através de um projeto urbano, todo ele pensado e planeado de forma sustentável para o Homem na sua vivência em comunidade.
A nível de estudo individual, a minha proposta compreende um quarteirão da antiga Refinaria do Cabo do Mundo onde procuro desenvolver a ideia para um espaço público qualificado e de duas habitações comunitárias do tipo co-living.
Aparentemente o conceito pode ser associado a espaços individualizados que acomodam uma única pessoa, mas o co-living pode desenvolver tipologias que possibilitam a uma família crescer, adaptando-se a célula habitacional de modo a acolher até dois filhos.
Os edifícios são projetados para um período de pós-pandemia. Mas o estudo da sua funcionalidade foi efetuado com o cuidado de prever uma situação pandémica semelhante àquela que estamos a viver no presente. A natureza funcional dos espaços privativos visa prepará-los para o isolamento individual de pessoas infetadas ou confinadas, por concentrarem em si as necessidades básicas de um espaço habitacional, ao mesmo tempo que permitem um cordão de ligação ao mundo exterior através das suas varandas individualizadas.