AQUAE DUCTO PROPOSTA DE PERCURSO PARA A ÁGUA DA PRATA

Autoria: SYLVIE CLARO

Orientação: SOFIA SALEMA GUILHERME

UNIVERSIDADE DE ÉVORA - ESCOLA DE ARTES MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA

Menção honrosa

Memória descritiva

Aquae ducto – significa a água conduzida. O Aqueduto da Água da Prata e o percurso ambiental a ele associado constituem o objeto de estudo deste trabalho.

O projeto explora a capacidade que a arquitetura tem de criar ambientes que dinamizem e alavanquem a excecionalidade de um lugar e de uma infraestrutura como o Aqueduto da Água da Prata, em Évora. O aqueduto foi uma necessidade, o território é uma realidade e este projeto não pretendeu criar rivalidades, mas sim complementos. Assim, esta infraestrutura de condução de água é a maior protagonista desta viagem, e desempenha um papel fundamental nas sensações presentes em cada espaço.

Para responder à questão: de que modo o Aqueduto da Água da Prata, consegue transferir para um projeto de arquitetura o seu potencial enquanto gerador de novas experiências? – o projeto propõe: a) integrar a Água no desenho de percurso e programa; b) relacionar a água com o modo de vida contemporânea; c) incorporar a infraestrutura enquanto elemento de desenho capaz de construir e interpretar arquitetura e paisagem e, d) promover a descoberta de novos lugares e experiências através de um percurso lúdico e recreativo.

Tendo como objetivo a valorização do património rural, natural e cultural, o projeto propõe quatro escalas de atuação:

1) redesenhar o itinerário ambiental, adicionando novos acessos e criando um percurso complementar alternativo para a prática de equitação e de ciclismo; 2) implementar pequenos equipamentos de apoio; 3) integrar espaços menos conhecidos ou esquecidos no percurso de modo a salvaguarda-los; e 4) enriquecer a experiência do percurso com a introdução de espaços designados “nucleares” para valorizar o aqueduto e a sua envolvente.

Esta abordagem destaca a infraestrutura e a adaptação do território como pré-existências indiscutíveis e cria um papel diferenciador intervindo de forma pontual ao longo de 18km, sendo que a arquitetura introduzida é refletida numa escala cirúrgica que responde às necessidades mais elementares do visitante e o conduz a sítios singulares.