BAIXA CRÚZIA. Reabilitação de uma área na Baixa de Coimbra

Autoria: Mariana Campos

Orientação: Rui Pedro Mexia Lobo

Universidade de Coimbra - Faculdade de Ciências e Tecnologias - Departamento de Arquitectura

Menção honrosa

Memória descritiva

O estudo sobre este conjunto urbano surgiu da necessidade de criar uma estratégia de reabilitação para o centro histórico de Coimbra, visando no caso deste projecto a Baixa Crúzia. Esta área sofre as consequências do grave problema da desocupação, agravado pela abertura do canal do metro. O seu edificado encontra-se num estado muito grave de degradação e a desertificação habitacional é evidente, especialmente durante o período nocturno, altura em que o comércio fecha, deixando a área totalmente sem vida e consequentemente pouco convidativa. Este projecto desenvolve-se em três partes complementares. Num primeiro momento desenvolveu-se um estudo da pré-existência a nível histórico e morfológico. Encontraram-se várias características predominantes, tendo sido possível definir 2 tipos de edifícios. A Baixa Crúzia mantém muitas das características medievais. A sua reabilitação terá de ser realizada sem que se percam as características originais do seu edificado porque é precisamente na repetição das suas qualidades tipológicas que estes edifícios possuem o seu valor patrimonial. Características comuns têm soluções semelhantes por isso também surgiu a necessidade de se definir alguns princípios projectuais que dão resposta aos problemas dos modelos tipológicos encontrados. Num segundo momento estudaram-se as relações urbanas desta área e percebeu-se que devido ao seu carácter organizacional em quarteirões alongados, a Baixa Crúzia apresenta problemas urbanos de inserção e abertura aos percursos pedonais da Baixinha. A resposta para este problema é a criação de uma pequena passagem pedonal, num percurso semelhante ao que em tempos era feito pela antiga Via Romana. Na abertura desta passagem são intervencionados 3 edifícios que como consequência das alterações realizadas ao nível térreo sofrem necessariamente alterações nos pisos superiores. Dois deles pertencem aos Tipos definidos e são exemplo da adaptabilidade dos princípios de intervenção.