CONEXÕES – O caso de Hamamatsucho O papel do edificado como elemento agregador dos vários níveis da cidade de Tóquio

Autoria: Inês Montez

Orientação: João Miguel Leite

Co-Orientador: Maria Manuela Afonso Da Fonte

Universidade de Lisboa - Faculdade de Arquitectura | Mestrado integrado em Arquitectura (Urbanismo)

Finalista

Memória descritiva

O avançado sistema de infraestruturas de transportes em Tóquio, e a forma como este se cruza com a cidade, origina estruturas com características únicas que geram lugares singulares e de experiências extraordinárias.

A estação surge como elemento de estudo pela complexidade infraestrutural que a caracteriza. Esta vai além da função de elemento de partida e chegada e define-se como elemento de criação de cidade e identidade dos bairros e distritos que formam Tóquio.

Sendo a maior cidade do mundo, com mais de 200 estações ferroviárias, Tóquio torna-se o local perfeito para estudar este tema. A conexão entre os lugares e os espaços está em constante evolução, mas  a tentativa de criar conexão com as pessoas passa despercebida.

Hamamatsucho é elegido como área de projeto pela sua localização na Yamanote Line, linha que define o coração de Tóquio e que liga todos os pontos de maior interesse, para além de ser a estação terminal do MonoRail, que liga ao aeroporto de Haneda,e de ainda se poder fazer a ligação à Baía de Tóquio de comboio ou de barco. O maior problema de Hamamatsucho é que estes meios, estas complexidades, não se encontram exploradas, tornando a presença de Hamamatsucho despercebida na Yamanote Line e, consequentemente, na cidade de Tóquio.

Pretendeu-se responder a este problema de conexão com um projeto agregador a partir da estação, transformando-o num elemento complexo e de ligação aos diferentes níveis, aos diferentes meios de mobilidade e aos lugares que a circundam, numa tentativa de, ao mesmo tempo, dotar Hamamatsucho de uma identidade própria.

A proposta procura ter uma importância sobre as várias escalas de atuação na cidade, criando um impacto não só no lugar Hamamatsucho, mas também em Tóquio e na sua dinâmica metropolitana, com a preocupação de tornar Hamamatsucho em algo mais que um local de passagem.