NOVOS HABITATS. SISTEMA PALAFITICO COMO MODELO DE ATIVIDADE E OPORTUNIDADE SOCIOECONÓMICA

Autoria: Tiago Lopes

Orientação: João Sequeira

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - Departamento de Arquitetura

Finalista

Memória descritiva

A industrialização trouxe consigo uma poderosa ferramenta para o homem, a máquina. A integração do automóvel no quotidiano das sociedades reestruturou o espaço urbano, o que era espaço genuíno tornou-se numa paisagem urbana difusa, dividida por infraestruturas que conectam o urbano ao suburbano.

Odivelas é um exemplo concreto da interseção destas infraestruturas viárias, quebrando a continuidade do território no sentido Norte/Sul. Esta conjuntura juntamente com os fatores biofísicos e o histórico de cheias levaram este local a ser investigado. Através da simulação digital foi possível concluir que as infraestruturas (pontes e viadutos) são os locais que garantem mais segurança.

Tendo em consideração estas premissas e o Plano Diretor Municipal de Odivelas, foi concebida a Ecoville segundo os princípios do sistema palafítico invertido, garantindo subsistência, ligação, comunicação e proteção. Esta é constituída por um conjunto de módulos habitacionais construídos pela comunidade que os habitará a partir materiais reciclados.

Pretende-se que a Ecoville seja um sistema autónomo que integre o meio ambiente aproximando arquitetonicamente as infraestruturas existentes. Assim associa a arquitetura e a tecnologia com a finalidade de canalizar energia, água, alimentos, resíduos e fluxos dentro de um único “empreendimento” de forma a reduzir a dependência de redes externas.

Com o intuito de conectar espacial e socialmente o território surgiu a proxi-conection, uma plataforma dividida em três camadas com distintas funções hierarquizantes, nomeadamente o mercado a céu aberto (proxi 1), o ponto de acessos às habitações (proxi 2) e as hortas comunitárias (proxi 3).