Arquitetura e Território em Simbiose. Urbanismo Verde e Arquitetura Sustentável como revitalização do Vale de Alcântara

Autoria:José Miguel Esteves Martins
Orientação:Miguel Gama
Universidade de Lisboa - Faculdade de Arquitectura | Mestrado integrado em Arquitectura
Memória descritiva
O projeto insere-se no contexto do paradigma da arquitetura contemporânea, em que face às alterações climáticas a sustentabilidade é o principal motor de projeto.
Partindo do caso do Vale de Alcântara, o projeto urbano e arquitetónico fundem-se numa simbiose com o território, procurando tirar partido da sua génese natural.
O plano urbano passa pelo desmantelamento das infraestruturas existentes, nomeadamente auto-estradas, linhas de comboio e o caneiro de Alcântara e dar lugar a infraestruturas verdes através de um parque urbano que conecta o vale com vias subterrâneas, um rio de águas tratadas e com a reestruturação da malha urbana.
Desta forma é criado um novo corredor verde na cidade que pretende dialogar com o sistema natural da cidade, fazendo parte de uma visão holística que começa na arquitetura sustentável, passa pelo urbanismo verde e culmina num impacto à escala global.
O presente documento propõe como as dimensões do desenvolvimento sustentável, ambiente, economia e sociedade podem guiar as escolhas de projeto com o intuito de criar uma cidade mais sustentável.
O conceito da casa proposta é a Célula Verde, um módulo que pode ser agregado e adaptado a vários contextos urbanos, pretendendo aumentar a arquitetura sustentável na cidade. Nomeadamente ao produzir a sua própria energia, ao ser um edifício de balanço energético nulo e ao fazer aproveitamento de águas pluviais através do seu armazenamento.
A proposta pretende investigar como o uso de materiais reciclados e ecoeficientes potenciam uma arquitetura mais consciente. Os materiais usados têm em conta o seu ciclo de vida, em particular a madeira que é um material renovável e o betão reciclado, proveniente das infra-estruturas demolidas.
O projeto final de mestrado propõe argumentar a tese de que o urbanismo verde e a arquitetura sustentável podem melhorar a qualidade de vida nas cidades.