CELEBRATING THE WATER IN THE CITY. Estudar a água na cidade, devolver a experiência de mergulho a Lisboa

Autoria: Gonçalo Ponces

Orientação: Flavio Barbini

Universidade Autónoma de Lisboa - Departamento de Arquitetura

Finalista

Memória descritiva

O projecto “Celebrating the water in the city” constrói-se com base numa investigação que teve como objectivo perceber a importância da água como elemento indispensável à formação dos primeiros acontecimentos urbanos e a evolução destes ao longo dos séculos. Partindo do geral para o particular, a análise foi-se aproximando do caso de Lisboa, onde a água teve um papel fundamental na sua história desde a sua fundação à forma como determinou o seu crescimento urbano. O estudo separou-se em 4 capítulos teóricos (fundação, infra-estrutura, usos e percepção) que tinham como objectivo criar uma base de acção de projecto, uma resposta contemporânea a dois problemas identificados: a desertificação do centro histórico, fenómeno que responde ao crescimento radical de uma cidade hotel que torna impossível a vida de um cidadão comum, e o desaparecimento gradual da água nos espaços urbanos, quer pelo distanciamento que o rio Tejo foi ganhando à cidade quer pela seca que se experimenta na maioria dos elementos desenhados ao longo dos séculos que criavam um ritmo no quotidiano urbano. O programa base e o sítio de intervenção constituem uma resposta possível a este problema, propõe-se a construção de um edifício de banhos e piscinas públicas na zon! a de plataformas lúdicas existente nas traseiras do Palácio que acolhe o Ateneu comercial de Lisboa, um espaço de enorme potencial pela sua grande área e pela enorme possibilidade de vistas sobre a cidade. O projecto propõe a construção de um novo volume desenhado em duas plataformas (exterior e interior) que conceptualmente pode ser lido como um edifício infra-estrutural que serve este programa ao público. Propõe também a reabilitação do palácio dando vida a um conjunto de programas cívicos para toda a população existentes há mais de 130 anos, estes desapareceram ao longo das duas últimas décadas devido ao abandono do centro.