MUSEU REAL COMPANHIA VINÍCOLA. Intervenção no quarteirão da Real Companhia Vinícola

Autoria: Alcides Faria

Orientação: Nuno Graça Moura

Universidade Lusófona do Porto - Faculdade de Arquitetura

Finalista

Memória descritiva

As relações entre as construções existentes e os edifícios a construir constituíram-se através do princípio seguido na abordagem do projecto: os volumes nunca se tocam e assumem as suas diferentes linguagens arquitectónicas. A proposta de implantação dos edifícios assenta nos limites das pré-existências, assumindo uma ocupação perimetral e um posicionamento longitudinal relativamente às ruas, libertando o interior do quarteirão. Relativamente à volumetria existe intenção do projeto estabelecer um diálogo contínuo com o alinhamento das edificações que compõe as frentes urbanas nas quais o quarteirão está inserido. As cérceas do novo edifício resultam das necessidades da arquitectura dos diferentes espaços interiores que dão forma ao museu em conjugação com análise das proporções dos edifícios pré-existentes e dos espaços exteriores. Os espaços públicos de carácter pedonal são constituídos por um conjunto de pátios que se dividem em duas categorias: públicos e privados. Relativamente aos espaços públicos, existem três pátios de diferentes proporções, que funcionam em sucessão e permitem a entrada nos espaços do museu, bem como, o atravessamento longitudinal do quarteirão a partir da Rua de Sousa Aroso, a sul, ou da Avenida Menéres, a norte. A intenção fundamental deste sistema é a de articular e harmonizar o funcionamento do edifício com a cidade e a população. Relativamente aos espaços privados, existe um pátio que encerra a chaminé industrial pré-existente, outrora pertença da pequena fábrica. Para este espaço, abrem-se a administração e o átrio principal do museu, proporcionando-lhe uma posição de destaque, evocativa da memória industrial do lugar.