VALE‐PARQUE TODOROKI_CENTRO INTERPRETATIVO. Sistemas Vivos_Sistemas Padronizados orientados à Tradição e Inovação no Japão

Autoria: Ana Filipa Paisano

Orientação: José Beirão

Universidade de Lisboa - Faculdade de Arquitectura

Vencedor

Memória descritiva

Os sistemas vivos na arquitectura e no urbanismo é um tema que surge associado a espaços que estão em constante mutação. As unidades da cidade não devem ser pensadas como organismos isolados, devendo-se conectar ao resto da cidade e vivendo de tudo o que a envolve e percorre. O projecto reflecte a intenção de produzir uma solução que responda a necessidades sociais e funcionais do lugar – Vale-Parque Todoroki, Tóquio – através da criação de um sistema vivo. O princípio de concepção desta rede de ligações em diferentes escalas é conectar o Vale internamente e exteriormente, permitindo assim assegurar o funcionamento em rede e ter maior eficiência. Foi adoptada uma metodologia com três sistemas padronizados diferentes, que se reconhecem, orientados à compatibilização da inovação com a tradição no Japão – sistema-lugar e dois sistemas arquitectónicos: o tradicional japonês (sistema base) e o animal-formigas, possibilitando assim o entendimento sobre duas arquitecturas, que embora sejam distintas podem estabelecer entre si interacções de simbiose e serem aplicadas em arquitectura. Optou-se por uma arquitectura subterrânea, integrada que se adapta ao meio físico, preservando as qualidades singulares do lugar, com uma Natureza também ela totalmente artificializada. Todavia, estabelece diferentes ligações com a superfície e com os sistemas analisados – ligações físicas e não-físicas. Esta proposta conceptual traduz-se numa nova urbanidade que está não só contextualizada com o actual desenvolvimento espacial do subterrâneo japonês, como também procura estar em concordância com a simbologia que esse tipo de espaço tem na cultura japonesa. O programa específico é o Centro de Interpretação do Vale. O programa proposto pretende acompanhar os utilizadores num processo de interpretação do ambiente – uma interpretação mais perceptual e fluida pelo Vale, a partir dos percursos e daquilo que se pode aceder a partir deles, conduzida pelas actividades formais e informais propostas – contemplação, meditação, degustação, educação e preservação.